quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Conscientização e Prevenção do Câncer de Mama

Você com certeza já ouviu falar do Outubro Rosa. Mas alguém já parou para te explicar o que é isso?  Este é um movimento comemorado em todo mundo e o nome remete ao laço rosa, símbolo do câncer de mama. O objetivo é chamar a atenção das pessoas para o conhecimento da doença, realização de exames preventivos e um diagnóstico precoce. Em Juiz de Fora, a Ascomcer promove diversos eventos para conscientizar a população. No dia 06/10, ocorreu a Corrida Solidária na UFJF.

Ainda sobre a programação, a Ascomcer realiza, em parceria com a Natura, no dia 18, uma oficina de valorização de imagem e autoestima com as pacientes; no dia 22, no Teatro Clara Nunes, o Primeiro Simpósio de Oncologia do Outubro Rosa, aberta ao público, com palestras e mesas-redondas ministradas por profissionais da área de saúde (inscrições pelo e-mail comunicacao@ascomcer.org.br); no dia 31, uma passeata de encerramento, no Parque Halfeld.

O câncer de mama é o mais incidente no Brasil e o que mais mata no mundo. Em nosso país, já são mais de 50.000 casos. Segundo o mastologista Bruno Laporte, as principais causas da descoberta em etapas avançadas são a falta de acesso ao sistema de saúde, o medo da mamografia, a qual deve ser realizada pelas mulheres a partir dos 40 anos, e o medo da revelação da doença. O médico alerta para a importância da prevenção, ressaltando que se o tumor for descoberto com até um centímetro, as chances de cura são de 95%.


O apoio da família torna-se fundamental durante o tratamento de um câncer, como conta Adriana Aparecida de Almeida (48): "A minha família foi 200%". Ela descobriu a doença durante um autoexame em abril de 2009. Os exames confirmaram e Adriana passou por sessões de quimioterapia e radioterapia, além da cirurgia de retirada de quadrante do seio. Entretanto, para dar o suporte a quem está doente é preciso não estar fragilizado, por isso, a Ascomcer tem um grupo de apoio a familiares de pacientes da instituição, no qual uma psicóloga reune-se com os acompanhantes às quartas-feiras para compartilhar experiências e passar bem-estar. De acordo com o Ministério da Saúde, quem tem algum parente de grau primário que teve câncer de mama deve realizar exames preventivos aos 35 anos, já a Sociedade Americana de Oncologia recomenda mamografia e ressonância a partir dos 30 anos de idade.

Os pacientes também têm um momento de integração: o Grupo Vitoriosa, no qual as mulheres em tratamento, em controle ou ex-pacientes encontram-se para atendimento psicossocial e fisioterápico. Toda mulher, mesmo que não seja vinculada ao hospital, pode participar (3311-4010) e lá também há o confeccionamento de próteses artesanais, usadas dentro do sutiã.
 
O trauma por uma mastectomia radical pode ser grande, por isso o Governo Federal sancionou uma lei que obriga a reconstrução mamária no mesmo tempo cirúrgico, no sistema público de saúde. Apesar disso, Laporte afirma que muitas mulheres ainda têm dificuldade no acesso a esse direito, já que muitos hospitais não têm estrutura, mas em Juiz de Fora, o Hospital Universitário conta com uma equipe plástica, a qual oferece a intervenção.

Quem pensa que câncer de mama é doença só de mulher está enganado! Homens também são vítimas e podem detectá-la através de feridas na pele da mama ou mamilos, secreção ou nódulos. Segundo o RHC (Registro Hospitalar de Câncer) da Ascomcer, em 2010, foram 230 casos de mulheres com câncer de mama e um homem. Já em 2011, foram 195 casos de mulheres para três casos de homens.

Durante esse mês, a Ascomcer e o Hospital Universitário da UFJF estão agendando mamografias por telefone. Inclusive, o HU/UFJF ainda oferece um centro de reabilitação / reestruturação da doença chamado “De peito aberto”. Atualmente, existem diversos tratamentos modernos, por isso é importante a conscientização da população e a extinção do medo a respeito do câncer de mama.

Matéria originalmente publicada no portal Zine Cultural .

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